Cerca de 50 pessoas representantes de ONGs e associações do movimento negro fizeram um protesto na tarde desta terça-feira em frente ao Colégio Internacional Anhembi Morumbi, no Brooklin, bairro nobre da zona sul de São Paulo. O grupo apoiava a estagiária Ester Elisa da Silva Cesário, de 19 anos, que denunciou a diretora da escola por racismo, e exigia a implantação da lei 10.639, que determina o ensino da cultura afro-brasileira nas escolas.
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sexta-feira, 16 de dezembro de 2011
Em 30 anos, país teve mais de um milhão de vítimas de homicídio
SÃO PAULO - Nos últimos 30 anos, a violência no país praticamente
dizimou uma cidade inteira de grande porte. Cerca de 1,1 milhão de
pessoas foram vítimas de homicídio. A média das últimas três décadas é
de quatro brasileiros assassinados por hora. Só em 2010, foram mortas
50 mil pessoas, numa contabilidade de 137 assassinatos por dia. É mais
que um massacre do Carandiru diariamente, quando 111 presos perderam a
vida no confronto com a polícia. Uma pessoa foi morta a cada dez
minutos no Brasil no ano passado.
- Foram mortas exatamente 1.091.125 pessoas. Para se ter uma ideia da
tragédia, só 13 cidades brasileiras têm uma população que ultrapassa 1
milhão. Se matou no Brasil muito mais gente do que em países onde há
conflito armado - disse Júlio Waiselfisz, responsável pela pesquisa
que consta do Mapa da Violência 2012, elaborado e divulgado na manhã
desta quarta-feira pelo Instituto Sagari, em São Paulo.
Com dados compilados desde 1980, o estudo revela o avanço da violência
ano a ano. Se 30 anos atrás 13.910 pessoas foram vítimas de homicídio
no país, em 2010, o número de mortes chegou a 49.932. Foi um
crescimento de 258%. A população também aumentou no período, mas não
na mesma velocidade. Passou de 119 milhões para 190 milhões de
habitantes, registrando crescimento de 74%.
Em relação a outros países, a situação é alarmante. Enquanto no Brasil
1,1 milhão de pessoas foram mortas nos últimos 30 anos, a guerra civil
da Guatemala, que durou 24 anos, registrou 400 mil mortes. A disputa
religiosa entre Israel e Palestina, entre 1947 e 2000, foi marcada
pelo assassinato de 125 mil pessoas.
Desde 1980, a taxa de homicídio para cada 100 mil habitantes também
deu um salto considerável, passando de 11,7 para 26,2. Segundo o
estudo, na última década foi observado crescimento rápido das taxas
até 2003, quedas relevantes até 2005 e, a partir deste ano, equilíbrio
instável, com cerca de 26 homicídios para cada 100 mil habitantes. A
década fechou com taxa de 26,2 homicídios, semelhante ao verificado em
2000: 26,7.
O estudo ainda mostra que 17 estados que tinham as menores taxas do
país no ano 2000 viram seus índices aumentar. Alagoas é o estado que
ocupa a primeira posição no ranking dos mais violentos. Passou da
décima-primeira colocação dez anos atrás, com taxa de 25,6 mortes por
100 mil habitantes, para o topo do pódio com a marca mais preocupante:
66,8.
Dois estados fizeram o caminho inverso. Enquanto, na última década,
São Paulo diminuiu a taxa de homicídio de 42,2 para 13,9 por 100 mil
habitantes, (4º para 25ª lugar no ranking), o Rio de Janeiro reduziu a
taxa 51,0 para 26,2 (passou de 2º para 17º).
- Três fatores explicam a redução das taxas de homicídios em alguns
lugares: campanha do desarmamento, investimento em segurança pública e
políticas estaduais - disse Waiselfisz.
Num recorte feito por raça e cor, o estudo mostra que enquanto pessoas
brancas estão morrendo cade vez menos vítimas de homícidios, boletins
de ocorrências registram elevação de assassinatos contra os negros. Em
relação aos brancos, diz o mapa: foram assassinados 18.852, em 2002,
15.753 (2006) e 13.668 (2010). Sobre os negros, a situação é mais
crítica: foram mortos 26.952 (2002), 29.925 (2006) e 33.264 (2010).
O documento revela ainda que o Espírito Santo é o estado que registra
o maior número de homicídios de mulheres: 9,4 para cada 100 mil
habitantes, segundo os dados de 2010. Alagoas está em segundo lugar,
enquanto Rio de Janeiro e São Paulo ocupam, respectivamente, 25ª e 26ª
colocações.
Em relação aos assassinatos de jovens, entre 15 e 24 anos de idade, os
números também são alarmantes. Mais de 201 mil pessoas nessa situação
foram mortas em 2010. Na comparação com 2000, o mapa registrou
crescimento de 11,1% de homicídios contra jovens.
Agência O Globo
Por Flávio Freire (flavio@sp.oglobo.com.br)
terça-feira, 13 de dezembro de 2011
Racismo em Santa Isabel – deputado José Candido repudia charge de jornal racista
Deputado José Candido
No dia 12 de novembro próximo passado o jornal Agora News, de Santa Isabel publicou uma charge em que coloca um urubu pintado de verde, com a seguinte legenda: “em Santa Isabel, a esperança é um urubu pintado de verde”.
Ocorre que em Santa Isabel, o nosso amigo Padre Gabriel, que é negro, um importante ativista na luta da promoção da igualdade racial, principalmente no seio da igreja católica, decidiu juntamente com seus pares, que irá concorrer ao cargo de prefeito daquela cidade. Tanto que se afastou da direção da paróquia onde está há 14 anos.
Recentemente o Pe. Gabriel inaugurou, com mais três partidos, além do Partido Verde, no qual se filiou, o seu escritório político na cidade.
O Padre Gabriel não é do meu partido, mas eu o conheço há muitos anos e por ele tenho amizade e respeito, principalmente pela sua luta em defesa da igualdade, da fraternidade e da paz.
Não devemos nunca nos calar diante de qualquer atitude preconceituosa e racista, e entendo que um jornal tem o dever de informar e não difamar, como é caso aqui relatado.
Estamos no Ano Internacional do Afrodescendente, conforme decidido pela ONU, e uma demonstração de racismo odioso como deste jornal, nos faz refletir o quanto ainda estamos longe de conquistarmos a autodeterminação do povo negro e afrodescendente neste país.
Creuza Maria Oliveira, presidente da Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas ganha Prêmio Direitos Humanos 2011
A decisão foi tomada a partir de um processo seletivo através da Comissão de Julgamento, no dia 17 de novembro e ela foi escolhida para ganhar o prêmio na categoria Luta pela Promoção da Igualdade Racial.
Veja matéria completa no www.josecandido.com.br
Problemas fiscais e necessidade de resgate da história da população negra
A Comissão de Educação e Cultura realizou nesta quarta-feira, 7/12, uma audiência pública para debater a situação dos Clubes Sociais Negros no Estado de São Paulo, sob coordenação dos deputados Leci Brandão (PCdoB) e Simão Pedro (PT). "Essa seja talvez uma das mais importantes pautas de meu mandato, pela legitimidade que esses clubes de negros têm na sociedade brasileira. Os negros são cidadãos que ajudaram a construir o Brasil, e seus direitos e reivindicações têm de ser respeitadas", afirmou Leci.
Simão Pedro lembrou que os clubes negros se originaram ainda antes da abolição da escravatura. Além das atividades sociais, lutavam contra a discriminação e angariavam fundos para alforria de escravos. No Estado de São Paulo, são 22 clubes, localizados em 21 cidades, que ainda hoje lutam pela preservação da cultura e melhoria da condição de vida da população negra. Pedro disse que o Estatuto de Igualdade Racial já prevê apoio às comunidades negras, a questão é colocá-lo em prática.
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
Deputado José Candido é homenageado na Câmara de Mogi das Cruzes
Deputado José Candido com sua medalha
A homenagem foi entregue às pessoas que se destacaram em ações contra a discriminação racial e na defesa dos princípios constitucionais fundamentais e de promoção da inclusão social sem preconceito, nas áreas de esporte, educação, cultura, saúde, assistencial, empresarial e sindical.
Neste ano a Semana de Consciência Negra de Suzano, organizada pelo movimento Negro Sim, que José Candido também ajudou a fundar, completou seu 13º. ano.
Veja matéria na integra no: www.josecandido.com.br
Palestra no Rio Grande do Sul
A convite da Diretoria Municipal de Políticas de Promoção da Igualdade Racial de São Leopoldo, dirigida por Simone Ramos, o Deputado Estadual José Candido foi o palestrante no Seminário Regional de Ações Afirmativas da Igualdade Racial, que aconteceu nesta sexta-feira, dia 25 de Novembro, em São Leopoldo – Rio Grande do Sul.
A atividade faz parte da 7ª Semana da Consciência Negra da cidade que aconteceu entre os dias 25, 26 e 27 deste mês.
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
Imprensa Negra em Exposicção na Alesp
A exposição, organizada pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo, por meio da Comissão de Jornalistas para a Igualdade Racial (Cojira), teve a presença do presidente da entidade, José Augusto Camargo (Guto) e das diretoras responsáveis pela organização do evento, Evany Sessa e Cândida Vieira. O evento tem apoio do mandato do deputado estadual José Cândido (PT/SP) e foi prestigiado pelos parlamentares Adriano Diogo (PT/SP) e Leci Brandão (PCdoB/SP).
A abertura da exposição “Imprensa Negra por José Correia Leite”, ocorrida na última segunda-feira (dia 21), na Assembléia Legislativa de São Paulo contou com a presença de deputados estaduais, além de diversos militantes e simpatizantes do movimento negro paulista. Todos vieram apreciar as capas históricas do jornalismo concebidas pela comunidade negra do início do século passado. A exposição é aberta ao público no hall monumental do parlamento paulista e se estende até sexta-feira (dia 25).
A abertura da exposição “Imprensa Negra por José Correia Leite”, ocorrida na última segunda-feira (dia 21), na Assembléia Legislativa de São Paulo contou com a presença de deputados estaduais, além de diversos militantes e simpatizantes do movimento negro paulista. Todos vieram apreciar as capas históricas do jornalismo concebidas pela comunidade negra do início do século passado. A exposição é aberta ao público no hall monumental do parlamento paulista e se estende até sexta-feira (dia 25).
Estão expostas as primeiras páginas de publicações da coleção particular de José Correia Leite, que atualmente está sob a guarda do escritor, ator, dramaturgo e cantor negro, Estevão Maya-Maya, que participou do ato. Correia Leite foi fundador e colaborador de diversos jornais tais como Alvorada, Níger, O Clarim d’Alvorada, O Clarim, A Raça, O Mutirão e Senzala concebidos e produzidos para a comunidade negra.
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
3º Roda de Acotirene
Debate e reflexão sobre as trabalhadoras domésticas dia 22 de Novembro de 2011 Às 14 horas no Pavilhão da Cultura Afro-brasileira Zumbi dos Palmares - Suzano
Convite Exposição "A Imprensa Negra"
Exposição "A Imprensa Negra" de 21 a 25 de novembro de 2011, das 9 às 17 horas no Hall Monumental da Assembleia Legislativa de São Paulo.
Troféu Raça Negra 2011
Deputado José Candido em entrevista para o evento
O Troféu Raça Negra 2011 colocou no dia 13 de Novembro na Sala São Paulo um grande evento, afinal tratava-se do prestigiado “Oscar” da comunidade negra. Na nona edição, o evento homenageou um ícone negro da música brasileira, o cantor Jair Rodrigues, e fez questão de ressaltar o Ano Internacional dos Afrodescendentes, decretado pela Organização das Nações Unidas - ONU.
As categorias votadas pelo site foram Atriz, Ator, Jornalismo Masculino e Feminino. Levaram o troféu Lucy Ramos – Globo (melhor atriz), Micael Borges – Record (melhor ator), Dulcinéia Novaes - Globo (jornalismo feminino) e Thiago Oliveira – Gazeta (jornalismo masculino). Dentre os homenageados pela Afrobras, na categoria institucional, o vice-presidente, Michel Temer, os ministros do Supremo Tribunal Federal, Carlos Ayres Brito, Ana de Hollanda, da Cultura, o ministrio da Saúde, Alexandre Padilha, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.
Para representar Jair Rodrigues no palco, os shows dirigidos pelos cantores Jair Oliveira e Wilson Simoninha animaram o público, assim como a beleza e a irreverência dos mestres de cerimônia, Tânia Khalill e Hélio de La Peña. A direção artística ficou em boas mãos, com o diretor da Rede Globo de Televisão, Luiz Antonio Pilar.
Deputado José Candido prestigiando o evento
Além das categorias votadas pelo site, o Conselho de Honrarias da Afrobras premiou autoridades e personalidades negras ou não, que colaboram para exaltar, enaltecer e divulgar o valor das iniciativas, ações, tórias e realizações que tenham contribuído para o aprofundamento e ampliação da valorização do negro. De acordo com a ordem de entrega, receberam o prêmio institucional:
1. Presidente da Câmara dos Deputados, deputado Marco Maia (PT- RS)
2. Embaixador Benedicto Fonseca Filho
3. Ministro da Saúde, Alexandre Padilha
4. Ministra da Cultura, Ana de Hollanda
5. Ministro do Supremo Tribunal Federal, Carlos Ayres Britto
6. Governador de São Paulo, Geraldo Alckmin
7. Jornalista Heraldo Pereira
8. Prefeita de São Francisco do Conde (BA), Rilza Valentim
9. Prof. Dr. Kabengele Munanga (USP)
10. Frei David Santos, diretor executivo da Educafro
11. Presidente da Câmara de Vereadores de Piracicaba, João Manoel dos Santos (PTB)
12. Presidente do Corinthians, Andrés Sanchez
13. Ator Érico Brás, pelo destaque na serei “Tapas & Beijos”
14. Ator Nill Marcondes, pelo conjunto da obra
15. Prefeito de Suzano, Marcelo Candido
16. Secretário-geral da Marinha, Almirante-de-Esquadra Eduardo Monteiro Lopes
17. Secretário de Estado da Casa Militar, Coronel Admir Gervásio Moreira
18. Modelo Silvia Novais, eleita Miss Itália no Mundo 2011
19. Atleta Nelson Prudêncio
20. Humorista Charles Henrique
21. Vice-presidente da República, Michel Temer
22. Cantor e homenageado do Troféu Raça Negra 2011, Jair Rodrigues
1. Presidente da Câmara dos Deputados, deputado Marco Maia (PT- RS)
2. Embaixador Benedicto Fonseca Filho
3. Ministro da Saúde, Alexandre Padilha
4. Ministra da Cultura, Ana de Hollanda
5. Ministro do Supremo Tribunal Federal, Carlos Ayres Britto
6. Governador de São Paulo, Geraldo Alckmin
7. Jornalista Heraldo Pereira
8. Prefeita de São Francisco do Conde (BA), Rilza Valentim
9. Prof. Dr. Kabengele Munanga (USP)
10. Frei David Santos, diretor executivo da Educafro
11. Presidente da Câmara de Vereadores de Piracicaba, João Manoel dos Santos (PTB)
12. Presidente do Corinthians, Andrés Sanchez
13. Ator Érico Brás, pelo destaque na serei “Tapas & Beijos”
14. Ator Nill Marcondes, pelo conjunto da obra
15. Prefeito de Suzano, Marcelo Candido
16. Secretário-geral da Marinha, Almirante-de-Esquadra Eduardo Monteiro Lopes
17. Secretário de Estado da Casa Militar, Coronel Admir Gervásio Moreira
18. Modelo Silvia Novais, eleita Miss Itália no Mundo 2011
19. Atleta Nelson Prudêncio
20. Humorista Charles Henrique
21. Vice-presidente da República, Michel Temer
22. Cantor e homenageado do Troféu Raça Negra 2011, Jair Rodrigues
1º Ato Solene aos religiosos e religiosas de Matriz Africana: Umbanda e Candomblé de Campinas e Região
Deputado José Candido durante seu pronunciamento
Mais de 100 pessoas entre religiosas e religiosos da Umbanda e Camdomblé, estiveram presentes no 1º Ato Solene aos (às) religiosos (as) de Matriz Africana: Umbanda e Candomblé de Campinas e Região, realizado no dia 4 de Novembro na cidade.
O ato foi convocado pelo vereador Dário Jorge Giolo Saadi, e faz parte da programação do mês da Consciência Negra em Campinas. A solenidade contou com a presença do deputado estadual José Candido.
Este ato foi concebido e inspirado nas homenagens às mães e pais religiosos, que o mandato do dep. José Candido e o Portal do Candomblé realizam na Assembléia Legislativa há 03 anos, nos meses de Maio e Agosto.
terça-feira, 8 de novembro de 2011
João Cândido Felisberto, também conhecido como "Almirante negro"
Nasceu em 24 de Junho de 1880, na então Província (hoje Estado) do Rio Grande do sul, no município de Encruzilhada (hoje Encruzilhada do Sul), na fazenda Coxilha Bonita que ficava no vilarejo Dom Feliciano - o quinto distrito do Município Encruzilhada, que havia sido distrito de Rio Pardo até 1849. Filho dos ex-escravos João Felisberto e Inácia Cândido Felisberto, apresentou-se, ainda com treze anos, em 1894, na Companhia de Artífices Militares e Menores Aprendizes no Arsenal de Guerra de Porto Alegre com uma recomendação de atenção especial, escrita por um velho amigo e protetor de Rio Pardo, o então capitão-de-fragata Alexandrino de Alencar, que assim o encaminhava àquela escola. Em 1895 conseguiu transferência para a Escola de Aprendizes de Porto Alegre, e em dezembro do mesmo ano, para a Marinha do Brasil, na capital, a cidade do Rio de Janeiro.
Desse modo, numa época em que a maioria dos aprendizes era recrutada pela política, João Cândido alistou-se com o número 40 na Marinha do Brasil em Janeiro de 1895, aos 14 anos de idade, ingressando como grumete a 10 de dezembro de 1895.
Em depoimento para a Anamnese do Hospital dos Alienados em abril de 1911 e para a Gazeta de Notícias de 31/12/1912, João Cândido afirma ter sido soldado do General Pinheiro Machado, na Revolução Federalista, em 1893, portanto antes de entrar para a escola de aprendizes do Arsenal de Guerra de Porto Alegre.
Teve uma carreira extensa de viagens pelo Brasil e por vários países do mundo nos 15 anos que esteve na Marinha de Guerra. Muitas delas foram viagens de instrução, no começo recebendo instrução, e depois dando instrução de procedimentos de um navio de guerra para marinheiros mais novos e oficiais recém-chegados à Marinha.
A partir de 1908, para acompanhar o final da construção de navios de guerra encomendados pelo governo brasileiro, centenas de marinheiros foram enviados à Grã-Bretanha. Em 1909 João Cândido também para lá foi enviado, onde tomou conhecimento do movimento realizado pelos marinheiros Russos em 1905, reivindicando melhores condições de trabalho e alimentação (a revolta do Encouraçado Potemkin, que virou filme do diretor Sergei Eisenstein em 1925).
Tornou-se muito admirado pelos companheiros marinheiros, que o indicaram por duas vezes para representar o "Deus Netuno" na travessia sobre a linha do equador, e muito elogiado pelos oficiais, por seu bom comportamento, e pelas suas habilidades principalmente como timoneiro. Era o marinheiro mais experiente e de maior trânsito entre marinheiros e oficiais, a pessoa indicada para liderar a revolta, na opinião dos demais líderes do movimento.
Fonte: Wikipedia
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
Zumbi dos Palmares
Vida do líder negro Zumbi dos Palmares, os quilombos, resistência negra no Brasil Colonial, escravidão, cultura africana
Zumbi dos Palmares: um símbolo de resistência e luta contra a escravidão
Zumbi dos Palmares: um símbolo de resistência e luta contra a escravidão
Zumbi é considerado um dos grandes líderes de nossa história. Símbolo da resistência e luta contra a escravidão, lutou pela liberdade de culto, religião e pratica da cultura africana no Brasil Colonial. O dia de sua morte, 20 de novembro, é lembrado e comemorado em todo o território nacional como o Dia da Consciência Negra.
Zumbi dos Palmares nasceu no estado de Alagoas no ano de 1655. Foi um dos principais representantes da resistência negra à escravidão na época do Brasil Colonial. Foi líder do Quilombo dos Palmares, comunidade livre formada por escravos fugitivos das fazendas. O Quilombo dos Palmares estava localizado na região da Serra da Barriga, que, atualmente, faz parte do município de União dos Palmares (Alagoas). Na época em que Zumbi era líder, o Quilombo dos Palmares alcançou uma população de aproximadamente trinta mil habitantes. Nos quilombos, os negros viviam livres, de acordo com sua cultura, produzindo tudo o que precisavam para viver.
Embora tenha nascido livre, foi capturado quando tinha por volta de sete anos de idade. Entregue a um padre católico, recebeu o batismo e ganhou o nome de Francisco. Aprendeu a língua portuguesa e a religião católica, chegando a ajudar o padre na celebração da missa. Porém, aos 15 anos de idade, voltou para viver no quilombo.
No ano de 1675, o quilombo é atacado por soldados portugueses. Zumbi ajuda na defesa e destaca-se como um grande guerreiro. Após um batalha sangrenta, os soldados portugueses são obrigados a retirar-se para a cidade de Recife. Três anos após, o governador da província de Pernambuco aproxima-se do líder Ganga Zumba para tentar um acordo, Zumbi coloca-se contra o acordo, pois não admitia a liberdade dos quilombolas, enquanto os negros das fazendas continuariam aprisionados.
Em 1680, com 25 anos de idade, Zumbi torna-se líder do quilimbo dos Palmares, comandando a resistência contra as topas do governo. Durante seu “governo” a comunidade cresce e se fortalece, obtendo várias vitórias contra os soldados portugueses. O líder Zumbi mostra grande habilidade no planejamento e organização do quilombo, além de coragem e conhecimentos militares.
O bandeirante Domingos Jorge Velho organiza, no ano de 1694, um grande ataque ao Quilombo dos Palmares. Após uma intensa batalha, Macaco, a sede do quilombo, é totalmente destruída. Ferido, Zumbi consegue fugir, porém é traído por um antigo companheiro e entregue as tropas do bandeirante. Aos 40 anos de idade, foi degolado em 20 de novembro de 1695.
fonte: sua pesquisa.com
domingo, 23 de outubro de 2011
Dia da Consciência Negra Poderá ser Feriado Nacional
Dia da Consciência Negra poderá ser feriado nacional
Data: 21/10/2011
Projeto aprovado ontem (20) pelo Senado, já passou pela Câmara e agora segue para sanção da presidenta Dilma Rousseff
O Senado Federal aprovou ontem (20) projeto que declara feriado nacional o 20 de Novembro – Dia da Consciência Negra e o enviou à sanção da presidenta Dilma Roussef. Caso seja sancionado, este será o primeiro feriado do país originário da mobilização social, principalmente do movimento negro. A data já é reconhecida e celebrada como feriado em mais de 200 cidades, inclusive três capitais (São Paulo, Rio de Janeiro e Cuiabá).
A comemoração do 20 de Novembro como Dia Nacional da Consciência Negra surgiu na segunda metade dos anos 1970, no contexto das lutas dos movimentos sociais contra o racismo. O dia homenageia Zumbi, símbolo da resistência negra no Brasil, morto em uma emboscada, no ano de 1695, após sucessivos ataques ao Quilombo de Palmares, em Alagoas. Desde 1995, Zumbi faz parte do panteão de Herois da Pátria.
Nas últimas décadas, o 20 de novembro tem sido dedicado à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira e sobre as consequências do racismo para a vida das pessoas e para o desenvolvimento do país. Apesar do ponto alto da celebração coincidir com o dia da morte de Zumbi dos Palmares – 20 de Novembro – a cada ano, as atividades alusivas a esta data são expandidas ao longo do mês, ampliando os espaços de discussão sobre as questões raciais.
Anualmente, um número cada vez mais significativo de entidades da sociedade civil, principalmente o movimento negro, tem se mobilizado em todo o país, em torno de atividades relativas à participação da pessoa negra na sociedade em diferentes áreas: trabalho, educação, segurança, saúde, entre outras.
* Projeto Original
O projeto original que institui o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra (PLS 520/03), de autoria da senadora Serys Slhessarenko (PT-MT), previa apenas a data, mas não o feriado. Na justificação da matéria, Serys argumenta que sua proposta visa criar uma oportunidade para a reflexão sobre o preconceito ainda existente na sociedade brasileira.
Aprovado pelo Senado, o texto foi enviado à Câmara dos Deputados e apensado a outra proposta (PLS 302/2004), que propunha o dia 20 de novembro como feriado nacional.
O projeto original que institui o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra (PLS 520/03), de autoria da senadora Serys Slhessarenko (PT-MT), previa apenas a data, mas não o feriado. Na justificação da matéria, Serys argumenta que sua proposta visa criar uma oportunidade para a reflexão sobre o preconceito ainda existente na sociedade brasileira.
Aprovado pelo Senado, o texto foi enviado à Câmara dos Deputados e apensado a outra proposta (PLS 302/2004), que propunha o dia 20 de novembro como feriado nacional.
* Feriados
Uma vez sancionado, o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra será o nono feriado nacional, juntamente com as seguintes datas: 1º de janeiro (Confraternização Universal), 21 de abril (Tiradentes), 1º de maio (Dia do Trabalho), 7 de setembro (Independência do Brasil), 12 de outubro (Nossa Senhora Aparecida), 2 de novembro (Finados), 15 de novembro (Proclamação da República) e 25 de dezembro (Natal).
Uma vez sancionado, o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra será o nono feriado nacional, juntamente com as seguintes datas: 1º de janeiro (Confraternização Universal), 21 de abril (Tiradentes), 1º de maio (Dia do Trabalho), 7 de setembro (Independência do Brasil), 12 de outubro (Nossa Senhora Aparecida), 2 de novembro (Finados), 15 de novembro (Proclamação da República) e 25 de dezembro (Natal).
Há ainda quatro datas comemorativas móveis, as quais, embora popularmente conhecidas como feriados nacionais, não são reconhecidas como tal pela legislação brasileira – Terça-Feira de Carnaval, Sexta-Feira da Paixão, Domingo de Páscoa e o Corpus Christi.
* Textos extraídos do Portal do Senado
Coordenação de Comunicação SEPPIR
sexta-feira, 21 de outubro de 2011
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
Mandato do deputado José Candido participa de Aula Inaugural de Estética Negra em Marília
Na última terça-feira, dia 04, estiveram presentes em Marília, na Associação de Moradores do bairro Nova Marília, a assessoria do deputado estadual José Candido, que nesta ocasião estava representado pelo assessor e coordenador do Eixo de Promoção da Igualdade Racial, Josué Ferreira e os assessores Nilton Del Valle e Daliane Morandi.
A aula inaugural do Curso de Estética Negra foi promovida pela Secretaria da Juventude de Marília em parceria com o GEPENE – Grupo de Estudos e Pesquisa Negro Educação, ligado a UNESP – Universidade Estadual de São Paulo visando propor uma discussão ampliada sobre aspectos sócio-culturais da comunidade negra com ênfase na estética étnica a fim de romper algumas barreiras tais como a exclusão social e promover a globalização e folclorização da estética negra, além da concepção de inferioridade dos negros. O objetivo do curso é despertar nos jovens negros o sentimento de pertencimento étnico-racial e assim, fortalecer sua auto-estima e identidade criando a possibilidade de profissionalização promovendo ainda o fortalecimento cultural da raça negra.
O evento contou ainda com a presença da professora Maria Valéria, coordenadora do GEPENE, do coordenador da Ong EBADEF – Projeto Renovi - Renovar e Recuperar para uma Nova Vida, Ademar Aparecido de Jesus, do diretor da Emdurb – Empresa de Desenvolvimento Urbano e Habitacional de Marília, Moisés Paixão, da secretária municipal da juventude Denise Lopes e do presidente da associação de moradores Valmir de Almeida.
A secretária Denise Lopes abriu a reunião e agradeceu a presença de todos falando um breve histórico do curso.
A professora Valéria destacou a importância de promover ações para a construção de uma sociedade onde as pessoas se respeitem e não sofram preconceito pela cor da sua pele e afirmou: “A construção do belo também é elaborada pela questão social, por isso este curso para mulheres jovens e negras da zona sul da cidade de Marília tem como meta resgatar a beleza daquilo que somos”.
O diretor da Emdurb e representante do prefeito municipal, Moisés Paixão afirmou não ser benevolência e sim dever do poder público apoiar esse tipo de atividade que promove a cultura da raça negra na cidade de Marília e se colocou como parceiro desta causa como cidadão pertencente à comunidade negra.
O representante do deputado José Candido, Josué Ferreira, falou sobre a importância de promover atividades voltadas para a questão racial, falou sobre a questão das ações afirmativas garantindo a igualdade de oportunidades e tratamento, bem como de compensar perdas provocadas pela discriminação e marginalização, decorrentes de motivos raciais, étnicos, religiosos, de gênero e outros, visando combater os efeitos acumulados em virtude das discriminações ocorridas no passado.
O curso contpu com apresença de cerca de 50 pessoas, dentre jovens, homens e principalmente mulheres, negras moradoras dobairro. Ministraram o curso os alunos Ivanilda Amado, Lara da Silva e Fernando Ferreira.
A secretária Denise Lopes abriu a reunião e agradeceu a presença de todos falando um breve histórico do curso.
A professora Valéria destacou a importância de promover ações para a construção de uma sociedade onde as pessoas se respeitem e não sofram preconceito pela cor da sua pele e afirmou: “A construção do belo também é elaborada pela questão social, por isso este curso para mulheres jovens e negras da zona sul da cidade de Marília tem como meta resgatar a beleza daquilo que somos”.
O diretor da Emdurb e representante do prefeito municipal, Moisés Paixão afirmou não ser benevolência e sim dever do poder público apoiar esse tipo de atividade que promove a cultura da raça negra na cidade de Marília e se colocou como parceiro desta causa como cidadão pertencente à comunidade negra.
O representante do deputado José Candido, Josué Ferreira, falou sobre a importância de promover atividades voltadas para a questão racial, falou sobre a questão das ações afirmativas garantindo a igualdade de oportunidades e tratamento, bem como de compensar perdas provocadas pela discriminação e marginalização, decorrentes de motivos raciais, étnicos, religiosos, de gênero e outros, visando combater os efeitos acumulados em virtude das discriminações ocorridas no passado.
O curso contpu com apresença de cerca de 50 pessoas, dentre jovens, homens e principalmente mulheres, negras moradoras dobairro. Ministraram o curso os alunos Ivanilda Amado, Lara da Silva e Fernando Ferreira.
terça-feira, 4 de outubro de 2011
2011 – Ano Internacional do Afro-descendente
Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, telespectadores da TV Assembleia, funcionários, quero comentar sobre o Ano Internacional do Afrodescendente.
2011 – Ano Internacional do Afrodescendente
Foi lançado pela Ministra Chefe da Secretaria de Promoção de Políticas para a Igualdade Racial (Seppir), no dia 21 de março, o Ano Afrodescendente no Brasil.
O lançamento da campanha marcou também os oito anos de criação da Seppir e o Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial, comemorado no dia 21 de março, que lembra as vítimas do massacre na África do Sul, mortas enquanto realizavam um protesto pacífico contra o regime de segregação racial.
O lançamento da campanha no Brasil se justifica pelo alto número da população negra no país, a maior fora do continente africano.
Este ano é a ocasião para chamar atenção para as persistentes desigualdades que ainda afetam esta parte importante da população brasileira.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2009, 51,1% dos brasileiros se reconhecem como “pretos” ou “pardos”. Isso significa que mais da metade da população brasileira tem descendência africana.
Discurso proferido durante a 108ª. Sessão Ordinária realizada em 27.09.2011
2011 – Ano do Afrodescendente
O Ano Internacional do Afrodescendente foi declarado pela ONU – Organização das Nações Unidas. O Secretário Geral da ONU, Ban Ki-Mum, explicou o objetivo da iniciativa, segundo ele, o Ano Internacional tentará fortalecer o compromisso político de erradicar a discriminação a descendentes de africanos. A iniciativa também quer promover o respeito à diversidade e herança culturais.
Por ocasião do lançamento, o Secretário Geral fez um apelo para que a comunidade internacional se empenhe em garantir aos afrodescendentes direitos fundamentais, como a saúde e a educação.
O Secretário lembrou ainda, as metas de integração e promoção da equidade racial estabelecidas pelos países-membros da ONU na Conferência de Durban, em 2001. O compromisso foi reiterado no ano passado, na Conferência de Revisão de Durban, realizada entre 20 e 24 de abril de 2009, em Genebra (Suíça).
A homenagem aos povos de origem africana foi uma iniciativa da Assembleia Geral da ONU, em reconhecimento da necessidade de combater o racismo e as desigualdades econômicas e sociais.
Os afrodescendentes estão entre as comunidades “mais afetadas pelo racismo” e “enfrentam demasiadas vezes restrição de acesso a serviços básicos, como saúde e educação de qualidade”, afirmou o Secretário Geral da ONU. “A comunidade internacional não pode aceitar que comunidades inteiras sejam marginalizadas por causa da sua cor de pele”, afirmou.
Discurso proferido durante a 108ª. Sessão Ordinária realizada em 27.09.2011
Correios aderem à campanha Igualdade Racial é Pra Valer.
Nas próximas semanas, todas as agências dos Correios terão cartazes da Campanha Igualdade Racial é Pra Valer. A estratégia de divulgação faz parte de um amplo acordo de cooperação técnica, entre a Seppir e os Correios.
A solenidade de assinatura do acordo de cooperação acontece hoje em Brasília.
Além da divulgação das peças publicitárias, as agências, os Correios assumirão uma série de compromissos pela promoção da igualdade racial. Entre eles, a realização de um censo para identificação do perfil étnico-racial de funcionários da empresa; a institucionalização do Fórum dos Direitos Humanos e da diversidade dos Correios; e a divulgação e atendimento de demandas no estatuto da igualdade racial.
Igualdade Racial é Pra Valer
É uma campanha da Seppir, lançada neste Ano Internacional dos Afrodescendentes, para convocar a sociedade a incorporar o movimento pelo fim do racismo no Brasil.
Sr. Presidente, esses dados são muito importantes porque se fala em pesquisas, é normal algum anúncio nas pesquisas sobre as desigualdades e nenhuma providência é tomada. Por isso essa campanha da Seppir em parceria com os Correios e esse ano internacional do afro-descendente declarado pela ONU é muito importante para o Brasil que é um dos países que mais concentra a população negra do mundo, depois do continente africano.
Discurso proferido durante a 108ª. Sessão Ordinária realizada em 27.09.2011
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